"Aos Treze" Retrato bruto da adolescência!
Catherine Hardwicke


Imagine converter todo um idealismo de uma sociedade ultrapassada numa imagem adequada e real, que retrate o comportamento promiscuo da adolescência, deixando claro que, entre aspas: Conseguiu visualizar alguma imagem, mesmo que notória? Não?! Mas a diretora Catherine Hardwicke, em seu filme de estréia conseguiu.



Aos Treze uma versão pós-moderna de Kids, Ken Park & 100 Escovadas Antes De Dormir.


O interessantíssimo é que “Aos Treze”, quebra os tabus incorporando na polêmica moral e ruptura do “Kids”, de Larry Clark.

Sua protagonista era “a” adolescente: perturbada, incômoda, sexual, sem limites. Um pouco de lição de bons costumes no final de “Aos Treze” nem chegava a atrapalhar o retrato bem bruto que a diretora desenhava.



A habilidade da diretora de lidar com o universo adolescente se confirmou em “Os Reis de Dogtown”, sobre a cultura surf e skate na Califórnia no início dos anos 70.

Cenas do filme Ken Park

Nada disso reaparece em “Crepúsculo”, sim, agora você sabe de quem estamos falando, em que o autocontrole dos vampiros diante dos humanos se reproduz no modo desinteressado, como a diretora tinha visualizado e fora expressamente executo pelo seu elenco.




Boa notícia é a saída de Hardwicke do projeto de “Lua Nova”, segunda parte da série. Com a entrada de Chris Weitz em seu lugar, fica claro que o diretor de “Bússola de Ouro” vai saber manter os riscos bem afastados dos fãs da série. Ao que tudo indica, nada de sangue nem de sexo, esse pouco de natureza que insiste em nos perseguir durante décadas, os EMOS é que não vão gostar, mas de volta, Aos treze, a rebeldia da adolescência e as transgressões cometidas nesse período por gerações de jovens perdidos.



Aos Treze (Thirteen), estréia de Catherine Hardwicke na direção de longas-metragens, o tema volta à tona na história de Tracy (Evan Rachel Wood). E como a maioria dos filmes sobre as angústias adolescentes, este também é baseado em uma história real.





Cenas do filme Kids


Ela era uma adolescente inteligente e uma aluna brilhante até o dia em que decide andar com Evie (Nikki Reed), a garota mais popular da escola. Para ser “aceita” e entrar para o hall das “descoladas”, a menina acaba por ser apresentada ao submundo do sexo, das drogas e da mutilação, onde Evie vive, típico das histórias do cinema de Hollywood, a tal má influência. O resultado é uma nova Tracy: sombria, triste, revoltada e egoísta, capaz de se autodestruir com drogas e objetos cortantes e cometer pequenos furtos.


A distância de sua antiga vida “comum” a coloca em conflito com seus colegas, professores e, principalmente, com sua mãe, papel que deu à Holly Hunter o Leopardo de Bronze de Melhor Atriz, no Festival de Locarno, pelo menos pra isso essa garota serviu.


Aos Treze, na minha sincera opinião é um filme voltado para estudos de comportamento e altamente indicado para colégios, órgãos do governo & faculdades onde a incidência de crimes gerados por adolescente é bastante alta. Quando vi esse filme pela primeira vez tive vontade de estrangular essa adolescente, cito: Evie.




Aos Treze (Thirteen, 2003) » Direção: Catherine Hardwicke » Roteiro: Catherine Hardwicke, Nikki Reed » Gênero: Drama » Origem: Estados Unidos / Inglaterra » Duração: 100 minutos » Tipo: Longa Sinopse no encarte do filme: Tracey é uma adolescente normal como qualquer outra - veste-se como as meninas de sua idade, possui bichinhos de pelúcia e ainda tem aquele ar angelical.



Mas ao se sentir inferiorizada na escola por garotas moderninhas e mais “descolada”, acaba se aproximando da mais popular delas, Evie, uma garota que acaba levando a inocente Tracey para um mundo envolvendo, sexo e pequenos crimes.






Por Gponto


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Até a proxima e fique com DEUS.